Descobri hoje que a Ivone Soares tem um blog que, tal como este, se chama POLITICANDO. Mera coincidência.
Quando empreendi a "viagem" pela blogosfera e decidi criar o meu blog e pensei no nome, não imaginei que para além dohttp: //moziepoliticando.blogspot.com/ ou simplesmente PoLiTiCaNdO houvesse outro blog simplesmente conhecido por POLITICANDO ou http://politicandomoz.blogspot.com/ .
Seja quem for que tenha estabelecido o 1º POLITICANDO acredito que não tenha havido nenhuma cópia ou intenção maléfica de quem estabeleceu em 2º plano. São meras coincidências.
Um abraço Ivone vamos politicar Moçambique. Vamos politicar Moçambique reconhecendo que nem sempre estaremos de acordo.
Gonçalves Matsinhe
O Homem é um animal político. A política está sempre presente no nosso quotidiano mesmo nas mais pequenas coisas. Este é o lugar para politicar Moçambique e para Moçambicanizar a política
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Estamos de Volta - Ivo Garrido Também
Comecemos por filicitar a todos os blogistas e desejar um feliz 2008. Que neste ano (que já leva 23 dias) haja tudo de bom e de melhor para todos. Voltamos. Não de férias como o mano Júlio Mutisse. Voltamos à cidade depois de muitos dias de trabalho lá onde falta luz electrica (para não falar de Internet). De lá onde quando as pilhas do rádio se esgotam contentámo-nos em ouvir (e descobrir) a beleza do canto dos pássaros e dos sons da natureza.
Chegamos e soubemos logo que "Garrido ataca anarquia nos hospitais da Matola" através do Notícias e lembrámo-nos das resportagens televisivas anunciando a visita do enérgico Ministro aos estabelecimentos hospitalares do grande Maputo e arredores. Pensamos: coube a vez a Matola. Até ao final do mandato (a este andar) Garrido terá chegado a Inhambane.
Infelizmente o que se relata nas páginas do Notícias não é exclusivo dos centros de saúde da Matola I e II acontece em muitos hospitais e centros de saúde de referência ao nível provincial, distrital e de localidade.
No início destas visitas tsunamísticas cheguei a pensar no efeito dissuazor que elas teriam para os demais centros hospitalares e, fundamentalmente, para quem os dirige que não quereria passar por incompetente. Enganei-me. Se na Matola (que dista no máximo 20 Km da cidade) o cenário é aquele que o Notícias descreve imagine-seentão o Hospital Rural de Manjacaze, e os inúmeros centros de saúde espalhados pelo Moçambique não visto pela TVM e pela STV?
Alguns dos fenómenos que Ivo Garrido constatou, não são exclusivos do sector que dirige. São problemas de toda a Administração Pública. Refiro-me à questão dos crachás, por exemplo, impostos pelo Decreto 30/2001 a todos os funcionários públicos. Basta uma passagem pelos notários e outras repartições públicas para constatar que ninguém os usa ou, quem os usa, usa os incorrectamente escondendo deliberadamente a identificação.
Diz Garrido “Verifiquei que outros não usam crachás de propósito. Os trabalhadores chegam à hora que quiserem e atendem mal os doentes. Não podemos admitir que doentes continuem a dormir no chão. Porquê não colocar bancos para as pessoas se sentarem? É preciso tratar os doentes com respeito, porque é isso que se aprende na formação. Temos que tratar o hospital como se fosse a nossa casa. Quando mandámos a inspecção, concluiu que havia muitas irregularidades, como as cobranças ilícitas e outras práticas, pelo que vamos ter que tomar medidas.”
Pergunto que medidas, para além da visita, tomou o Ministro em relação às irregularidades constatadas pela inspecção? Quem deve condicionar os meios aos centros de saúde para a colocação dos bancos? Que coordenação existe entre o MISAU e o Ministério da Função Pública para corrigir a indisciplina dos funcionários públicos afectos à Saúde que, em muitos casos e em todo o país, como constatou o Ministro, que chegam tarde, assinam o livro de ponto quando querem e cobram dinheiro ilicitamente aos utentes do serviço público de saúde?
São estas questões que, quanto a mim, o Ministro deveria resolver e não resolve. As visitas podem ter um efeito mediático, podem resolver os problemas daquele hospital específico durante algum tempo mas, eis a questão: e lá onde o Ministro não chegou ainda como é?
Matsinhe.
Chegamos e soubemos logo que "Garrido ataca anarquia nos hospitais da Matola" através do Notícias e lembrámo-nos das resportagens televisivas anunciando a visita do enérgico Ministro aos estabelecimentos hospitalares do grande Maputo e arredores. Pensamos: coube a vez a Matola. Até ao final do mandato (a este andar) Garrido terá chegado a Inhambane.
Infelizmente o que se relata nas páginas do Notícias não é exclusivo dos centros de saúde da Matola I e II acontece em muitos hospitais e centros de saúde de referência ao nível provincial, distrital e de localidade.
No início destas visitas tsunamísticas cheguei a pensar no efeito dissuazor que elas teriam para os demais centros hospitalares e, fundamentalmente, para quem os dirige que não quereria passar por incompetente. Enganei-me. Se na Matola (que dista no máximo 20 Km da cidade) o cenário é aquele que o Notícias descreve imagine-seentão o Hospital Rural de Manjacaze, e os inúmeros centros de saúde espalhados pelo Moçambique não visto pela TVM e pela STV?
Alguns dos fenómenos que Ivo Garrido constatou, não são exclusivos do sector que dirige. São problemas de toda a Administração Pública. Refiro-me à questão dos crachás, por exemplo, impostos pelo Decreto 30/2001 a todos os funcionários públicos. Basta uma passagem pelos notários e outras repartições públicas para constatar que ninguém os usa ou, quem os usa, usa os incorrectamente escondendo deliberadamente a identificação.
Diz Garrido “Verifiquei que outros não usam crachás de propósito. Os trabalhadores chegam à hora que quiserem e atendem mal os doentes. Não podemos admitir que doentes continuem a dormir no chão. Porquê não colocar bancos para as pessoas se sentarem? É preciso tratar os doentes com respeito, porque é isso que se aprende na formação. Temos que tratar o hospital como se fosse a nossa casa. Quando mandámos a inspecção, concluiu que havia muitas irregularidades, como as cobranças ilícitas e outras práticas, pelo que vamos ter que tomar medidas.”
Pergunto que medidas, para além da visita, tomou o Ministro em relação às irregularidades constatadas pela inspecção? Quem deve condicionar os meios aos centros de saúde para a colocação dos bancos? Que coordenação existe entre o MISAU e o Ministério da Função Pública para corrigir a indisciplina dos funcionários públicos afectos à Saúde que, em muitos casos e em todo o país, como constatou o Ministro, que chegam tarde, assinam o livro de ponto quando querem e cobram dinheiro ilicitamente aos utentes do serviço público de saúde?
São estas questões que, quanto a mim, o Ministro deveria resolver e não resolve. As visitas podem ter um efeito mediático, podem resolver os problemas daquele hospital específico durante algum tempo mas, eis a questão: e lá onde o Ministro não chegou ainda como é?
Matsinhe.
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