quinta-feira, 27 de agosto de 2009

ANIBALZINHO: A Quem Pertence Este "Cão"?

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A Quem Pertence Afinal Este Cão?

O fenómeno Anibalzinho desobriga-nos ao silêncio. É de facto difícil ficar alheio ao fenômeno entra e sai dos calabouços por parte deste.

Facto assente neste processo, é que o Aníbal foi sempre tirado de onde sempre esteve a guarda e da última vez com direito a acompanhantes: Samito ora detido (também recapturado) e Todinho (encontrado morto e a polícia a revendicar que o tenha abatido mortalmente).

Facto que se pode considerar também assente, é que as ordens de tirada de Aníbal, partem de dentro da estrutura do Ministério do Interior e/ou do Comando Geral da Polícia, sendo incisas as dúvidas de quem em concreto e com que interesses o faz.

De toda as formas, todas as vezes que o Anibal presumivelmente se evadiu, foi sempre recapturado e ao meu ver, a recaptura, demonstra que o Estado nunca se conformou com as suas saidas, tampouco, com a vantagem que estas saidas podem representar a quem interesa; é que, interessando ao Estado o sumiço de Anibalzinho, seria numa destas saidas que não mais voltaria, ficando sempre a dúvida se morrera ou sobrevivera.

Esta tarefa, que se diga seria facilitada, com o desaparecimento físico da mãe deste, pessoa que por fora, fazia e era suposto, fazer qualquer tipo de pressão, pois, para a opinião pública, não seria difícil de digerir, a morte de Aníbal em uma até “forjada tentativa de fuga logo a captura”, porque, só quem não quís ver, no acto do julgamento do caso Cardoso, a personalidade delinquente e o grau de perigosidade do mesmo.

A recaptura deste, é para mim, um sinal de não alinhamento de algum sector da corporação e maxime do Estado, que sempre teve e bem assente, que o pais, não podia ficar refém de um simples “cão” que se sabe ter sempre um dono.

E a questão que não cala: a quem pertence aquele cão?

Deve e há de pertencer, a quem ganha louros com as saídas aerosas e contrapartida de desprestígio de toda a máquina estadual, há de sempre pertencer a quem quer fazer passar a imagem de quem realmente tem o controlo da máquina policial, do recrudescer da criminalidade, da declaração de falência da máquina estadual, da inactividade da nossa polícia, e/ou, por qualquer outro motivo incofessável.

Facto, é que o problema não é o Aníbal em si, mas sim, de quem se serve do mesmo para fazer passar a sua agenda;e afinal quem é esta pessoa(s)?

Reside o problema, nas pessoas que o tem sob controle, porque acredito e os factos o apontam, Anibal não teria de per si capacidade para montar a superstrutura que sempre se monta quando ele tem que sair da cadeia.(é só ver a questão do passaporte usado encontrado na sua posse, que segundo a polícia, foi produzido, na altura em que esteve ainda detido, e mais, as luxuosas residências onde costuma ficar na Africa do Sul, a facilidade com que se movimenta, basta lembrar, que da primeira vez, foi preso em Canadá e sem os descontos enganosos que as agências de viagem nos presenteiam em seus spots publicitários).

É só ver que desta última vez teve direito (e para melhor simular uma situação de fuga) a acompanhantes, peões no jogo que se montara com toda a perícia.

Urge descobrir quem está por detrás da acção do Aníbal, porque assim descoberto, até as simples e transtórias celas das esquadras que são trancadas por simples cadeados “made in china” seriam lugar seguro para o guardar.

Como alguém já disse, combater o Anibalzinho, o instrumento, não basta. Há que combater quem o maneja. Como disse um dia o antigo Deputado o Dr. Teodato Hunguana, a única forma de evitar que o Estado caia definitivamente nas malhas do crime organizado que, amiúde, nos brinda com estas tiradas e retiradas do Anibalzinho, é desencadear uma guerra sem quartel contra os mentores da alta criminalidade, neste caso contra os mentores das sistemáticas fugas de Anibalzinho e, também, dos seus executantes ou instrumentos.

Correr atrás de Anibalzinho sempre que fuja sem fazer nenhum trabalho para parar quem, de dentro da própria instituição estadual se dedica a fazê-lo sair significa, na acepção do Dr. Hunguana, manter intactas as fontes de reprodução as fontes da sua reprodução, fontes que se tornam cada vez mais poderosa e capazes de se apropriarem do próprio Estado.

A quem pertence afinal este cão?

16 comentários:

Ximbitane disse...

é de dono, hehehehheeh

www.feitolasjournalism.com disse...

Isto chama-se teatro político ou seja jogo de cão e gato.
No jogo de cão e gato o que sofre é a bola no meio, pois cado um tem lá seus interesses. O cão procura mostrar o seu poder ao gato e acaba se esquecendo de que o seu adversário conhece todos os seus pontos fracos, o cão rouba o osso e vai esconder de baixo da cama e o gato sente o cheirinho graças ao seu faro terrível recupera o osso e traz-o à vista do dono e este, sabe muito bem de que o gato não troca um delicioso carapau por um osso e se o fizer, o osso tem um problema,então o palhaço nesta pequena história será o dono se acusar o gato de lhe ter roubado o osso. Para reflectir.

Julio Mutisse disse...

Eu acho que é um pouco ousado associar a recaptura à época da campanha como se tenta fazer passar em certos círculos. Seria assumir que a FRELIMO, como um todo organizado, tem a ver com as saídas e entradas do "cão".

Assumir isso, seria assumir que a FRELIMO é parte interessada na desacreditação do Estado e dos próprios dirigentes do Estado.

Para mim a desinformação a quando da rcaptura mostra que este "cão" chegou em péssima hora para a estratégia eleitoral da FRELIMO, vem trazer um novo dado para debate: a insegurança das nossas cadeias e a incapacidade de se manter um "cão" como este lá.

Por isso gosto dos últimos parágrafos da carta.

amosse macamo disse...

Acho também amigo Mutisse que a FRELIMO não tem a prática de dar tiros no seu próprio pé. Seria de facto um contrasenso soltar e ir buscar, pois, a ter que pesar, a balança das saidas e das recapturas, a que dói mais é das saidas.
É só lembrar que a última saída deste, coincidia numa altura em que o PR, ia dar o seu informe anual na AR e lembro-me como se fosse hoje os comentários do Frangoulis, quando dizia que e cito de memória “esta saida só vai ensombrar o informe do PR”.

A saber-se onde estava, importava recapurá-lo naquela altura e não nesta. Como estratégia eleitoral, não parece bater pelos motivos acima, pelo que a pergunta mantém-se: a quem pertence este cão?

Shirangano disse...

“ANIBALZINHO: a quem pertence este “cão”?”

Eix…que pergunta mais difícil de responder!
Com certeza, não deve pertencer a alguém ligado ao partido no poder, FRELIMO, porque não fica bem apontarmos a Frelimo por todas impunidades.

Eu acho que esse “cão” se não é de um indivíduo da Renamo, é do Pimo. Se não é do Pimo é do PDD. Se não é do PDD então só deve ser do MDM.

Viva os que não querem ver! Viiivaa..!
Abaixo os que vêem, porque eles são frustrados! Abaixooooo
Moçambique, oié! Oié…

Nelson disse...

Até parece ser assim tão difícil descobrir a quem pretence esse cão? Até parece!
Alguem realmente saber?

Shirangano disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
JOSÉ disse...

Os donos do cão tinhoso não querem reivindicar a sua posse e até fingem que o não conhecem!
Esse comportamento é muito feio!

Matsinhe disse...

Seja quem for o dono, eh alguem com poder e que se movimenta bem no circuito do MINT e CGP. Como sugere o autor da carta, nao podemos soltar fogo de artificio pela simples recaptura do Anibal. Ha que descobrir quem, seja da FRELIMO, PDD, MDM ou pamomo, se dedica a fazer nos corar de vergonha.

Caros, o dono deste cao tem que ser descoberto, contentarmo nos em cogitar quem seja e/ou a que organizacao pertence eh POUCO. Ha que ir mais alem. Acredito, o dono deste cao eh alguem com muito poder, que o usa para torpedear o poder constituido sempre que, de certa forma, lhe interesse. No meio disto vai sobrar para o Anibal.

Matsinhe

PS: sinto muito pelo que a minha sobrinha me conta sobre o filho do Anibal. O pobre miudo eh motivo de chacota dos colegas pelos actos do pai. Como deve andar envergonhado o puto...

Matsinhe disse...

Seja quem for o dono, eh alguem com poder e que se movimenta bem no circuito do MINT e CGP. Como sugere o autor da carta, nao podemos soltar fogo de artificio pela simples recaptura do Anibal. Ha que descobrir quem, seja da FRELIMO, PDD, MDM ou pamomo, se dedica a fazer nos corar de vergonha.

Caros, o dono deste cao tem que ser descoberto, contentarmo nos em cogitar quem seja e/ou a que organizacao pertence eh POUCO. Ha que ir mais alem. Acredito, o dono deste cao eh alguem com muito poder, que o usa para torpedear o poder constituido sempre que, de certa forma, lhe interesse. No meio disto vai sobrar para o Anibal.

Matsinhe

PS: sinto muito pelo que a minha sobrinha me conta sobre o filho do Anibal. O pobre miudo eh motivo de chacota dos colegas pelos actos do pai. Como deve andar envergonhado o puto...

Nelson disse...

Se a ideia é descobrir a quem pertence esse cão, porque não descobrir oque é possível e fácil descobrir?
A dias o CIP exigiu que se publicassem os resultados da auditoria forense em torno do desfalque do banco. Existem esses resultados? São publicáveis?
Ok, venham me dizer que isso não tem nada a ver com Anibalzinho. E eu concordo(?)
Sempre que ele fugiu ou foi retirado da cadeia, foi criada uma comissão para averiguar as circunstâncias. Os resultados?
Dessa vez tinha um passaporte e uma carta de condução das modernas. Os serviços de Migração não tem nada a nos dizer? E o INAV?
Existe mesmo por parte do MINT interesse em se descobrir a verdade em torno de Anibalzinho?
Eu prefiro acreditar que a verdade é bem conhecida, só que infelizmente se trata duma “verdade inconveniente” que vale a pena mantê-la escondida.

Nelson disse...

Quando Samito foi recapturado afirmou que tinha sido Custódio Pinto a retirar-lhes da cadeia. Foi Custódio Pinto ouvido em tornos dessas declarações? Não! Limitou-se a dizer que não se podia dar créto a declarações de um criminoso. Vem desta vez Anibalzinho afirmar o mesmo. Vai Custódio Pinto ser ouvido? Penso que não! Não Podemos dar crédito às declarações de um bandido. A minha pergunta é, porque Custódio Pinto? Porque é que esse bandidos apontam-no como seu “facilitador”? Deve haver um motivo não? Porque não tentar descobrir. Se queremos realmente descobrir a verdade temos que trabalhar como essas pequenas pistas meus senhores

amosse macamo disse...

Nelson
Sobre a necessidade de ouvir Custódio Pinto e ou qualquer outro que tenha sido provavelmente citado, queria lhe deixar aqui um modesto pensamento:
Na acção da Polícia, destacam-se dois momentos: a dinâmica e a estâtica.
A dinâmica vai sempre exigir uma permanente e esgotante acção de vigilância e fiscalizaçÃo dos delinquentes, dos meios que frequentam, das relações que estabelecem e mantem, da vida, mas logo a seguir tem a estâtica e aqui amigo Nelson, reside o cérebro da polícia, pois esta actividade é de domínio calmo e silencioso dos suspeitos.
Penso que antes de ouvir o Custódio Pinto, é necessário um trabalho de arrumação criteriosa dos todos elementos que vem ao de cima, porque, não deixa de ser suspeito, que os dois (Anibal e Samito), sem nenhuma coação, indiquem quem os soltou (quando a esmola é demais...)
Acredito que a Polícia esteja neste momento na estática, procurando, rebatendo, vasculhando hábilmente cada elemento...acredito

Nelson disse...

“Acredito que a Polícia esteja neste momento na estática, procurando, rebatendo, vasculhando hábilmente cada elemento...acredito”

Tomara amigo Macamo. TOMARA!!!!

Jorge Ramiro disse...

Estudei Ciências Políticas na Espanha e eu adoro tudo que é relacionado à política. Agora eu tenho um pet shop, mas eu sou um ativista, eu acho que também é uma forma de fazer política.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.